Nathalie Annick Soublin, 42 anos e Ana Lúcia Cardoso Ricci Peixoto, 45, se conheceram há mais de 20 anos como estagiárias em uma escola. Conheceram juntas o Método Montessori no início de suas carreiras e até hoje seguem trabalhando com ele. Atualmente na escola Miriam Ricci, em São José dos Campos-SP. As duas contaram um pouquinho dessa história!
´´Nosso primeiro contato com o método foi como estagiárias em uma escola Montessori. Ali nos apaixonamos pelos princípios e pelos materiais. A liberdade com responsabilidade e os materiais cientificamente preparados, sinestésicos, concretos, são um grande diferencial. O fato de ser uma metodologia realmente estruturada nos atraiu muito.
Trabalhávamos em uma escola Montessori que não tinha berçário e com a gravidez, Nathalie sentiu falta do trabalho. Propusemos à direção, montar o trabalho com essa faixa etária, em 2005. Iniciamos uma sociedade e fundamos o Berçário Bebê-Abá, que funcionava dentro dessa grande escola. Funcionamos lá de 2006 até 2019, quando nos mudamos para um novo espaço, aumentamos nosso trabalho de berçário para educação infantil e nos transformamos em Escola Miriam Ricci, em homenagem à falecida sogra da Ana Lúcia que foi a fundadora da nossa escola anterior.
Todo este tempo, Montessori impactou e continua impactando nossas vidas de forma diária e sistemática. Trabalhar com esse Método requer reavaliação constante, de si mesmo, da infância, dos dias que vivemos e da nossa sociedade. Uma educação respeitosa, que abrange os aspectos não apenas cognitivos, mas também sociais, emocionais, psicomotores, ou seja, que vê o ser humano como único e complexo ao mesmo tempo, requer muita dedicação e amor à criança.
Uma dificuldade é a formação da equipe e a compra de materiais. Os materiais são caros e de difícil qualidade no Brasil. Um desafio grande também é como a sociedade vê a educação infantil, que ao contrário do que os estudos da neurociência já demonstram, vê como um período de brincadeiras sem grande impacto na vida escolar futura, o que sabemos ser o oposto: essa idade é a base para todas as demais aprendizagens. Podemos dizer que é o fundamento, a fase mais importante da vida de um ser humano.
Mas a maior recompensa é nosso cotidiano, estar na sala e ver a criança trabalhar e se desenvolver, não tem preço. Estamos impactando o futuro, podemos fazer um mundo melhor, promovendo a educação para a paz!´´
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