Conforme mencionado em nosso post “Como aplicar o método Montessori em casa?”, o ambiente preparado é um dos pilares da perspectiva educacional de Maria Montessori. Em seu livro “A descoberta da criança: pedagogia científica”, ela dedica todo um capítulo a respeito, mas é um assunto retomado em outras obras também. Ao interpretá-las foram percebidos algumas constatações sobre essa temática:
- O mundo não foi comumente preparado e organizado para as crianças;
- As crianças têm necessidades específicas a cada fase do desenvolvimento;
- Quando incluídas verdadeiramente nos ambientes em que vivem poderão naturalmente desenvolver aspectos como autonomia, independência, habilidade de resolução de problemas, sentimento de pertença, entre outros.
Montessori então sugere a modificação do ambiente que recebe todo e qualquer tipo de criança, visando sua faixa etária e as necessidades observadas pelo adulto. A mais famosa delas é a escala do mobiliário que varia conforme o tamanho; na sessão “Mobiliário” de nossa loja encontrará diversos exemplos da variação comentada. Então o exercício de adequação se estendeu aos objetos de uso cotidiano, de Vida Prática, pensados delicadamente ao tamanho das mãos que tocarão e como poderão se servir de cada um inteligentemente. Pouco a pouco a criança desenvolve não só a satisfação em estar nesse ambiente, como também o amor por ele, uma pertença que faz com que haja automotivação pela atividade.
“O amor preenche a consciência da criança, e sua autorrealização se efetua através do amor” (MONTESSORI, 2019, p. 123).
Focando nos dois primeiros planos do desenvolvimento (de 0 a 6 anos e de 6 a 12 anos) cunhados por Montessori, podemos encontrar diferenças e semelhanças entre os ambientes preparados.
Semelhanças:
- Adulto preparado;
- Amplitude (bom espaçamento entre os móveis);
- Bem arejado (se possível janela com visão externa e acessível aos olhos das crianças);
- Bem iluminado (se for possível, boa iluminação natural);
- Organização em cada detalhe;
- Atende às necessidades específicas da faixa etária que recebe;
- Presença de materiais de desenvolvimento;
- Acesso à natureza (proporcionada, na medida do possível, com área externa, ou adaptada internamente);
- Recebe crianças com idades diferentes;
- Vívido;
- Não é mudo;
- Há delicadeza, sutileza, beleza emergindo nesses ambientes;
- Entre outras.
Diferenças:
0 a 6 anos | 6 a 12 anos |
---|---|
Limitado | Estendido aos ambientes externos corriqueiros (estabelecimentos da redondeza, parques, praças, museus, etc.) |
Vida Prática: com materiais específicos e atividades e atitudes do cotidiano | Vida Prática: remete-se muito mais à convivência em sociedade |
Emana aspectos sensoriais e materiais | Viabiliza abstração, intelectualidade e moralidade |
Materialmente mais detalhado | Academicamente mais detalhado |
Prepara a mente à curiosidade | Favorece o espírito pesquisador e questionador |
Referências bibliográficas:
MONTESSORI, Maria. A descoberta da criança: pedagogia científica. Tradução de Aury Maria Azélio Brunetti. Campinas: Kírion, 2017.
MONTESSORI, Maria. O segredo da infância. Tradução de Jefferson Bombachim. Campinas: Kírion, 2019.
Referência das imagens:
Seton Montessori School. Disponível em:
Conforme mencionado em nosso post “Como aplicar o método Montessori em casa?”, o ambiente preparado é um dos pilares da perspectiva educacional de Maria Montessori. Em seu livro “A descoberta da criança: pedagogia científica”, ela dedica todo um capítulo a respeito, mas é um assunto retomado em outras obras também. Ao interpretá-las foram percebidos algumas constatações sobre essa temática:
- O mundo não foi comumente preparado e organizado para as crianças;
- As crianças têm necessidades específicas a cada fase do desenvolvimento;
- Quando incluídas verdadeiramente nos ambientes em que vivem poderão naturalmente desenvolver aspectos como autonomia, independência, habilidade de resolução de problemas, sentimento de pertença, entre outros.
Montessori então sugere a modificação do ambiente que recebe todo e qualquer tipo de criança, visando sua faixa etária e as necessidades observadas pelo adulto. A mais famosa delas é a escala do mobiliário que varia conforme o tamanho; na sessão “Mobiliário” de nossa loja encontrará diversos exemplos da variação comentada. Então o exercício de adequação se estendeu aos objetos de uso cotidiano, de Vida Prática, pensados delicadamente ao tamanho das mãos que tocarão e como poderão se servir de cada um inteligentemente. Pouco a pouco a criança desenvolve não só a satisfação em estar nesse ambiente, como também o amor por ele, uma pertença que faz com que haja automotivação pela atividade.
“O amor preenche a consciência da criança, e sua autorrealização se efetua através do amor” (MONTESSORI, 2019, p. 123).
Focando nos dois primeiros planos do desenvolvimento (de 0 a 6 anos e de 6 a 12 anos) cunhados por Montessori, podemos encontrar diferenças e semelhanças entre os ambientes preparados.
Semelhanças:
- Adulto preparado;
- Amplitude (bom espaçamento entre os móveis);
- Bem arejado (se possível janela com visão externa e acessível aos olhos das crianças);
- Bem iluminado (se for possível, boa iluminação natural);
- Organização em cada detalhe;
- Atende às necessidades específicas da faixa etária que recebe;
- Presença de materiais de desenvolvimento;
- Acesso à natureza (proporcionada, na medida do possível, com área externa, ou adaptada internamente);
- Recebe crianças com idades diferentes;
- Vívido;
- Não é mudo;
- Há delicadeza, sutileza, beleza emergindo nesses ambientes;
- Entre outras.
Diferenças:
0 a 6 anos:
- Limitado
- Vida Prática: com materiais específicos e atividades e atitudes do cotidiano
- Emana aspectos sensoriais e materiais
- Materialmente mais detalhado
- Prepara a mente à curiosidade
6 a 12 anos:
- Estendido aos ambientes externos corriqueiros (estabelecimentos da redondeza, parques, praças, museus, etc.)
- Vida Prática: remete-se muito mais à convivência em sociedade
- Viabiliza abstração, intelectualidade e moralidade
- Academicamente mais detalhado
- Favorece o espírito pesquisador e questionador
Referências bibliográficas:
MONTESSORI, Maria. A descoberta da criança: pedagogia científica. Tradução de Aury Maria Azélio Brunetti. Campinas: Kírion, 2017.
MONTESSORI, Maria. O segredo da infância. Tradução de Jefferson Bombachim. Campinas: Kírion, 2019.
Referência das imagens:
Seton Montessori School. Disponível em:
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